sábado, 4 de abril de 2020

Carta a minha criança interior (não esqueça)

Vem minha pequena criança, se é de afago que seu peito precisa só eu que posso afagar, sentado abafando os soluços nesse jardim, eu te seguro e faço uma promessa silenciosa a nós, que nenhuma outra dor vai te abater por desejar, por amar demais. Eu nos perdoo pelos tropeços do passado, e esse perdão nos deixa agora livres para sermos e sonhar.

Minha pequena criança, meu eu frágil e dolorido, o que vem de fora agora só nos ensina e fortalece, e tudo que precisamos também está aqui dentro, e lá no fundo conhecemos o prazer de sermos nós, renascemos a cada morte dolorosa, e eles, seguem ferindo quem está por fora, e não conseguem sustentar quem são dentro.