domingo, 25 de setembro de 2016

Quem diria?

Mas quem diria que seria assim
Eu mudei tanto por você
Que abri mão até de mim

Mas quem diria alguma coisa a nós
Quando o fracasso eminente
Estava dormindo em nossos lençóis

Mas quem teria a coragem de falar
Que nossas Almas erraram feio
Ao tentar se afastar

Mas quem diria algo a você
Que não soube administrar
Um sentimento de querer

Mas quem diria algo a mim
Me vendo matar o amor
Com toda força que existe em mim

Mas quem diria o universo
Conspirando com a distância
Como um imã ao reverso

Mas quem diria sua família
Ao me fazer lembrar
Que um dia também foi minha

Mas quem diria esse amor louco
Martelando em minha cabeça
E suplicando por tão pouco

Mas quem diria tantas lembranças
A pilha de poemas escritos
Promessas de falsa esperança

Mas quem diria a morte dolorosa
Que abafa os soluços do meu peito
E te leva de forma impiedosa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Onde me procurar

Eu não consigo me concentrar
Eu só fico pensando que ele poderia voltar
E sigo  me questionando quantos dias terei que esperar
E se essa tal hora, não está na hora de chegar

Eu te espero no silêncio
Na sombra de suas decepções
No medo em tomar certas decisões
Ou quando não controlar mais suas emoções

Eu te espero no mesmo lugar
Pra que você se lembre do caminho
E quando se sentir sozinho
Vai saber onde procurar.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Foi

Desde que você repousou em meu lençol e deixou seu cheiro carregado em mim
Juro eu não sabia
Juro, eu nem queria

Foi quando você desviou o seu olhar, e a tensão pairou no ar, e ficou parada ali
Juro até senti
Afinal, eu também estava ali

E...
Nosso contrato já previa o pior
Muito antes de te conhecer
Muito antes desse amor crescer

Foi quando vi que o problema não estava em mim, mas na forma que eu tratei você.

Foi tudo como escolhemos ser, o melhor de mim, tentando te equivaler.

Foi turvo e sombrio, reconhecer que o amor que eu tanto lutei, nem teve importância.

Foi a saudade ingrata que grita teu nome e a falta que sente dos seus membros nos meus.

Foi a perda inestimável, um tombo quase que provável, que me pegou de jeito.

Foi a dor de enxugar as próprias lágrimas, de entregar todos os pontos.

Foi como um des-parto, um des-amor ao te ver munindo-se de tamanha ignorância.

Uma agonia infernizante de querer viver mais um dia, só pra te ver passar, e te amar no breve instante em que, de longe, consigo te mirar.

Ri-eu

Pelas beiradas do teu coração arrebentado
Eu fui feliz outra vez
E pelas marcas esquecidas do passado
Eu me dispi, e se desfez

Nas recaídas desprovidas de memória
O que curou foi o afago d'outro bem
E se eu tentar revirar isso uma outra hora
Assumo que não devo estar bem

Gente tanta

O planejado, esperado, o já tão bem resolvido fato de me relacionar com pessoas que não terei maiores laços afetivos está bem resolvido, ou pelo menos estava.

Pra fazer o teu café

Não me deixe assim, não conclua os fatos de cabeça quente, eu preciso de você aqui, eu nem vou saber colocar o relógio pra despertar e (soluços)... Eu nem vou querer levantar se não for pra fazer o teu café.

Você não sabe me esquecer

Pra que me negar tanto carinho?
Dá pra ver nos seus olhos
Que você me chama
Quando está sozinho
Dá pra ver na sua cara
Estampado, na lata
Que não consegue me esquecer
E mesmo que tente disfarçar
Não sabe mais suportar
A falta que sente do meu olhar

O orgulho

Meu orgulho é maior que minha solidão.

Valha a pena

Não me importo de ficar sem dormir ou sem comer, contanto que faça algo que valha a pena.

Onde eu errei?

O meu erro foi me entregar demais, te poupando da fútil conquista, me atirando no vão dos teus braços que não tiveram força para me segurar.
Na queda evitei me machucar criando a armadura mais resistente que pude, e tentando sair ileso, levantei e segui adiante mas foi tarde quando percebi a cicatriz que permanentemente tornarei a esconder, a marca que ficou na pele de uma ferida ainda viva, e doída.